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Na Península Ibérica já se reconhecia a importância e o valor da sardinha no século XVI, como se comprova no recenseamento de peixes do litoral lusitano, realizado pelo desembargador Duarte Nunes do Leão, no século XVI: “No mesmo mar de Setúbal e no de Sesimbra, sua vizinha, há a mais sardinha e mais saborosa que se pode dar”.

Reza a história que, em 1855, as sardinhas de Setúbal alcançaram menção honrosa na exposição Internacional de Paris. Em 15 de Janeiro de 2010, a sardinha portuguesa, de onde se destaca a que é pescada em Setúbal, foi a primeira pescaria na Península Ibérica e na União Europeia, a obter o rótulo azul com a certificação de sustentabilidade e boa gestão dos recursos piscatórios MSC (“Marine Stewardship Council”).

“Puxar a brasa à nossa sardinha” é, no sentido literal e figurado, um elemento importante e determinante na confeção deste prato em Setúbal. A forma como se ateia e queima o carvão, a colocação das sardinhas com as barrigas para dentro, o assar em lume brando, dando a volta na grelha dupla, fazem destas o ex-libris gastronómico da cidade. Para melhor saborear a sardinha, esta deverá ser comida em cima do pão, o qual poderá ser tostado nas brasas.